sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Reflexão para o Ano Novo de 2014




Alô, queridos leitores!!
Quero compartilhar com vocês, por ocasião do final deste ano de 2013, um poema do bom e querido Walt, meu poeta favorito, cujo espírito de gratidão persegui este ano. É ótimo ter sonhos e metas para o próximo ano, mas é melhor ter gratidão pelos bons e maus momentos (que o Senhor torna bons, como diz o sábio teólogo John Piper) que já passamos.
Com vocês, Walt Whitman e seu Agradecimentos em idade avançada

Hello dear readers!
I want to share with you, now that we are in the end of 2013, a poem from beloved Walt, my favorite poet, whose spirit of gratitude I pursued this year. It is excellent to have dreams and goals for the next year, but is better to have gratitude for the good and bad moments (that the good Lord make good, as the wise theologian John Piper always says) we had.
With you, Walt Whitman and his Thanks in old age.


Agradecimentos em idade avançada

          Agradecimentos em idade avançada – Agradecimentos antes que eu me vá,
          Pela saúde, o sol do meio-dia, o ar intangível – pela vida, meramente pela vida,
          Pelas preciosas e sempre prolongadas memórias (de ti, minha mãe querida – de ti, pai --de vós, irmãos, irmãs, amigos).
          Por todos os meus dias – não apenas aqueles dias de paz, mas igualmente os dias de guerra,
          Pelas palavras gentis, carinho, presentes de terras estrangeiras,
          Pelo abrigo, vinho e carne – pela doce apreciação,
          (Tu, distante, obscuro desconhecido – jovem ou velho – sem conta, inespecífico, leitor, amado,
          Nunca nos encontramos, e nunca havemos de nos encontrar – e contudo almas que se abraçam, por muito tempo, proximamente e por muito tempo);
          Pelos seres, grupos, amor, feitos, palavras, livros – pelas cores, formas,
          Por todos os homens fortes e valentes – devotados, ousados – que se arremessaram à frente para socorrer a liberdade, em todos os anos, em todas as terras,
          Por aqueles homens mais valentes, mais fortes,  mais devotados – um laurel especial antes que me vá, para os escolhidos na guerra da vida,
          Os canhoneiros da canção e do pensamento – os grandes artilheiros – os mais adiantados líderes, capitães da alma):
          Como soldados que retornaram de uma guerra finda – como viajante entre miríades, pela longa procissão retrospectiva,

           Agradecimentos – agradecimentos plenos de alegria!! – agradecimentos de um soldado, de um viajante

THANKS IN OLD AGE

Thanks in old age—ere I go, For health, the midday sun, the impalpable air—for life, mere 

         life, 
For precious ever-lingering memories, (of you my mother dear 
         —you, father—you, brothers, sisters, friends,) 
For all my days—not those of peace alone—the days of war the 
         same, 
For gentle words, caresses, gifts from foreign lands,
For shelter, wine and meat—for sweet appreciation,
(You distant, dim unknown—or young or old—countless, un-
         specified, readers belov'd, 
We never met, and ne'er shall meet—and yet our souls embrace, 
         long, close and long;) 
For beings, groups, love, deeds, words, books—for colors, forms,
For all the brave strong men—devoted, hardy men—who've for-
         ward sprung in freedom's help, all years, all lands, 
For braver, stronger, more devoted men—(a special laurel ere I 
         go, to life's war's chosen ones, 
The cannoneers of song and thought—the great artillerists—the 
         foremost leaders, captains of the soul:) 
As soldier from an ended war return'd—As traveler out of 
         myriads, to the long procession retrospective, 
Thanks—joyful thanks!—a soldier's, traveler's thanks.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Neste final de ano... Faça copta!!



Olá, queridos leitores!!
Quero compartilhar com vocês que agora que minhas aulas na pós acabaram pude ficar me casa no sábado!
Claro que não fiquei ociosa: ajudei a mamãe a fazer um almoço de boas vindas ao meu sobrinho que voltou do seu primeiro ano na universidade. Muita alegria e boa comida, posso assegurar!
Como estava muito bem, pude fazer estes livros em branco com costura copta, de longe a minha favorita. Aproveitei para usar os papeis marmorizados que fiz durante o ano. 
O resultado ficou ótimo!

Hello dear readers!
I want so share with you that now that my classes were finished (in this year, at least) I could stay at home on Saturday morning!
Of course I wasn't iddle: I helped my mother to make a big welcome lunch to my nephew that came back from his first year at University. Too much gladness and good food, I can assure you!
As I was so rested, I could make this coptic blank books. (Coptic stitch is my favorite). I used the marbled paper sheets I made along the year (it is since August, when I learnt to make marbled paper).
The result, as you can see, is very good!! 
Well, I loved make them.










Livro em branco copta:
Papelão sulamericana 2mm
Papel sulfite reciclado industrial 75gm2
Papel sulfite branco 90gm2
Tinta acrílica diluída em água
Cordonê encerado no. 4

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Flamboyant em Bom Clima 2

Olá caros leitores!
Mais um flamboyant para alegrar nossos dias de quase verão!
Percebi que o bairro do Bom Clima tem vários indivíduos plantados, alguns deles próximos ao HMU.

Hello dear readers!
Another flamboyant tree to enlight our days of early Summer!
When I walked through Bom Clima neighborhood I realized that there are many individuals planted there, some of them near Emergencies City Hospital.
Enjoy it!







terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Flamboyant em Bom Clima 1

Bom dia, caros leitores!
Aqui em Guarulhos está esquentando muito, à medida em que nos aproximamos do verão.
Quero compartilhar com vocês fotos de belos flamboyants, que alegram nosso final de ano com suas flores escarlate.

Hello dear readers!
Here in Guarulhos city is getting too hot as we approach Summer.
I want to share with you pictures of beautiful flamboyants that cheer our Season time up with their scarlet flowers.
Enjoy!!


  


 

 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Vaquinha só entulho! Little cow only rubbish!


Olá caros leitores!
Este grafite fica num muro em frente ao Projeto Tear, na Rua Silvestre Calmon.
Eu adoro esta vaquinha!!

Hello dear readers!
This graffitti is in a wall in front of Projeto Tear, at Silvestre Calmon Street, near downtown.
I love this little cow!!




quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Minhas primeiras aventuras com feltro

Olá, queridos leitores!
Aproveitei as minhas férias para aprender novas artes, desta vez, resolvi aprender a trabalhar com feltro.
Eis minhas primeiras aventuras:

Acima a esquerda: sino de feltro bordado (ponto haste e nozinhos franceses)
Abaixo a esquerda: bonecas sunbonnet sue de feltro: almofada de alfinetes e porta agulha
A direita: livro em branco com costura longstitch e apliqué de sunbonnet enfermeira









terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Roda de Leitura de dezembro de 2013 - A receita da minha vida, de Palmirinha Onofre e Ana Cláudia Landi


Olá, caros leitores!
Na Roda de Leitura não há bom velhinho, mas neste ano tivemos a boa velhinha, he he!!

  • Compactuando com o clima de Natal, lemos e discutimos o livro de memórias da vovó Palmirinha Onofre, lançado em 2011, no sábado (07) e na 3a.feira (10)

  • Em ambas as reuniões (infelizmente só tenho a foto da reunião no Espaço Novo Mundo) comecei dizendo que o registro das memórias é uma construção, conforme aprendi num curso de História oral: não há "resgate" de memórias, e sim uma decisão de prestigiar uma memória em detrimento de outra, de modo que o passado é influenciado pelo presente

  • Em ambas as reuniões os participantes afirmaram que gostaram do livro por razões afetivas (para um participante a Palmirinha lembrava a vida  a mãe dele) e outros participantes tem-na como uma figura de avó. Aliás, uma das razões para gostar da obra é que a protagonista é uma pessoa bem simples, caipira mesmo

  • Alguns questionaram as escolhas pobres da protagonista, que redundaram em muito sofrimento
  • Questionei os grupos se eles considerariam o livro como sendo de autoajuda e todos disseram que achavam que não, pois um livro de autoajuda daria muitos conselhos e as memórias da Palmirinha, ainda que muito inspiradoras pois falam de superação, não seria um livro de autoajuda por não ter conselhos
  • Achei incrível o comentário de outro participante, que nos disse que o que chamou muito a atenção dele foi o fato de que a Dona Palmirinha foi muito ajudada por várias pessoas ao longo de sua vida. Isso me fez pensar imediatamente na jornada do herói e na classificação de herói nos contos de fadas como a pessoa comum (comumente uma pessoa simples e inocente) que recebe ajuda natural ou extraordinária em seu trajeto até vencer o desafio e ter o final feliz.
Quero muito agradecer ao João Canobre, por ceder o espaço do Ateliê 308 e ser um ativo participante e à Equipe do Espaço Novo Mundo pela calorosa acolhida e participação fiel.
Sem vocês o projeto não seria o que foi neste ano de 2013.

Que venha 2014 com muitas Rodas de Leitura!!
E não serão a respeito de futebol!!








É época de Natal! E Natal é Jesus!

http://www.kokeshidesigns.com/products/9-pc-kokeshi-nativity-set - acesso em 10 de dezembro de 2013

Queridos leitores:

Não sei como está aí, mas aqui em Guarulhos faz um calor...
É por isso que eu fico cada vez mais perplexa a cada vez que eu entro num shopping center ou folheio as revistas de artesanato natalino: a quantidade de renas, bonecos de neve, etc. é estarrecedora. Se vamos fazer decoração natalina, poderíamos ter idéias mais condizentes com nosso clima tropical, ao invés de copiar o Natal europeu ou norteamericano.
Mas enfim...
Como nipobrasileira que sou, ofereço a vocês um presépio japonês e a lembrança de que Natal é uma festa de origem cristã e que o presente original é Jesus, o Emanuel.
Desejo a todos um ótimo período de preparação natalina.


Eis Isaías 9:1-7

O Nascimento do Príncipe da Paz

Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos. No passado ele humilhou a terra de Zebulom e de Naftali, mas no futuro honrará a Galiléia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão.
O povo que caminhava em trevas
    viu uma grande luz;
sobre os que viviam na terra
    da sombra da morte[a]
    raiou uma luz.
Fizeste crescer a nação
    e aumentaste a sua alegria;
eles se alegram diante de ti
    como os que se regozijam na colheita,
como os que exultam
    quando dividem os bens tomados na batalha.
Pois tu destruíste o jugo
    que os oprimia,
a canga que estava sobre os seus ombros,
    e a vara de castigo do seu opressor,
como no dia da derrota de Midiã.
Pois toda bota de guerreiro
    usada em combate
e toda veste revolvida em sangue
    serão queimadas,
    como lenha no fogo.
Porque um menino nos nasceu,
    um filho nos foi dado,
e o governo está sobre os seus ombros.
E ele será chamado
Maravilhoso Conselheiro[b], Deus Poderoso,
    Pai Eterno, Príncipe da Paz.
Ele estenderá o seu domínio,
    e haverá paz sem fim
sobre o trono de Davi
    e sobre o seu reino,
estabelecido e mantido
    com justiça e retidão,
desde agora e para sempre.
O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ângela e o Menino Jesus, de Frank McCourt, tradução de Rubens Figueiredo


www.livrarialoyola.com.br - Acesso em 01 de dezembro de 2013

Olá, caros leitores!
Esta postagem é a reprodução de um trabalho acadêmico que fiz neste ano, em que analiso a tradução, primorosa, de Rubens Figueiredo. Como o professor Jiro Takahashi gostou (o professor Jiro é uma sumidade), achei que valia a pena publicar.
Um abraço!!

***

Onze anos depois de publicar aquele que seria seu maior sucesso (Angela’s ashes, 1996[1]), o autor irlandês-norteamericano Frank McCourt publicou Angela and the Baby Jesus, um episódio natalino da infância de sua mãe, Angela Sheehan McCourt. Quando li o livro, lembrei-me imediatamente de um episódio, desta vez fictício, contado por Jorge Amado em seu Capitães de areia, em que o personagem Pirulito rouba uma figura do Menino Jesus.
Angela and the baby Jesus foi publicado no Brasil  em 2008, com tradução de Rubens Figueiredo, pela editora Intrínseca.
Eis a sinopse da edição brasileira:
    Ângela e o Menino Jesus, de Frank McCourt, é uma fábula natalina atemporal − narrada com toda a alegria, a tradição e a fantasia da infância − para ser amada por várias gerações. Traz lições de ternura, a partir de uma preocupação de Ângela: uma garotinha de seis anos, que fica com pena do Menino Jesus ao vê-lo no altar da igreja de São José na cidade de Limerick, na Irlanda, onde mora. As noites de dezembro são úmidas e frias, e a igreja é escura. A mãe do Menino Jesus não tem nem um cobertor para cobri-lo. O bebê precisa da ajuda de Ângela, mesmo que ela não tenha autorização para chegar perto do altar, muito menos sozinha.[2]

Conhecido por suas traduções diretas do russo, em que a preocupação é a estrangeirização do texto traduzido, fiquei curiosa em saber como o tradutor lidava com as expressões idiomáticas do original. Para minha surpresa, ele não tem essa preocupação na tradução deste conto episódico, optando por expressões em língua portuguesa que se nem sempre se aproximam do original. Talvez por ser uma obra voltada primariamente para crianças? Um cotejo entre original e tradução é útil para verificar esta hipótese:

           A primeira situação em que se evidencia que o tradutor não vai manter as marcas estrangeirizadoras é o nome da protagonista, que não tem acento tônico no original mas tem na tradução: Angela vira Ângela (afinal, todas as palavras proparoxítonas levam acento tônico na antepenúltima sílaba). Se esse é um texto publicado primariamente para o público infanto-juvenil (apesar de que já ouvi dizer que o bom texto infantil agrada a todos, inclusive às crianças) um nome proparoxítono que desobedece a regra poderia confundi-las. Logo, o título do livro vira Ângela e o Menino Jesus. Outra evidência da renúncia a estrangeirização é a troca da expressão Baby Jesus por Menino Jesus. Apesar da figura na manjedoura do presépio ser a de um bebê, em língua portuguesa a expressão consagrada para a mesma imagem é Menino Jesus, que o tradutor adota por todo o livro. Uma terceira evidência é a tradução do topônimo igreja de São José ao invés de igreja de Saint Joseph.

             Vejamos o parágrafo de abertura:
When my mother, Angela, was six years old, she felt sorry for the Baby Jesus in the Christmas crib at St Joseph’s Church near School House Lane where she lived. She thought the Baby Jesus was cold and wondered why no one had put a blanket over his plump little body. He looked happy enough, smiling at his mother, the Virgin Mary, and St. Joseph and the three shepherds carrying little lambs all cozy in their fur. Even if he was cold he’d never complain because the Baby Jesus would never wants to make his mammy the slightest bit unhappy.(p.1)
Quando minha mãe, Ângela, tinha seis anos, sentiu pena do Menino Jesus ao vê-lo na manjedoura do presépio na igreja de São José, perto da alameda da escola, onde ela morava. Achou que o Menino Jesus estava com frio e não entendia por que ninguém tinha estendido um cobertor sobre o seu corpinho rechonchudo. Ele parecia bem contente, sorria para a mãe, a Virgem Maria, para São José e para os três pastores, que carregavam seus cordeirinhos, com pelos muito fofos. Mesmo que sentisse frio, o Menino Jesus jamais reclamaria, pois não gostaria de causar qualquer tristeza à sua mãe, por menor que fosse.

            Entretanto, com exceção de Ângela, Virgem Maria e São José, os nomes dos demais personagens são mantidos no original (sra. Reidy, sr. King, sra. Black, Pat, Aggie, Tom, etc.)

Her Family laughed again when Pat told them how he’d seen Angela with the Baby Jesus in her arms out in the backyard, but when they laughed, he cried, “She have God in the bed, so she do.”
“All right, Pat. All right,” his mother said. You could see she wanted to humor him. “We’ll go up and see if the Baby Jesus is in the bed.”
Little Angela was terrified there by the fire. What would she do if the Family went upstairs and found the Baby Jesus in the bed? Her mother would surely slap her bottom and make her go to sleep without her tea and bread.
She followed her mother and her brother Tom and her sister, Aggie, and her brother Pat, the cause of all the trouble, up the stairs.(p.18)
A família achou graça outra vez quando Pat disse que tinha visto Angela com o Menino Jesus nos braços no quintal, mas quando todos riram ele gritou:
- Ela está com Deus lá na cama, de verdade.
- Tudo bem, Pat. Está certo – disse a mãe. Dava para perceber que ela queria só brincar com ele. – Nós todos vamos lá em cima ver se o Menino Jesus está na cama.
A pequena Ângela, que estava pertinho da lareira, ficou apavorada. O que faria se a família subisse e descobrisse o Menino Jesus em sua cama? Na certa, a mãe ia dar uma palmada em seu traseiro e mandar que fosse dormir sem tomar chá  sem comer.
Ângela subiu a escada atrás da mãe, do irmão Tom, da irmã Aggie e de Pat, a causa do problema.
            Outra evidência de uma tradução mais domesticada é a tradução das expressões idiomáticas, algumas bem específicas da cultura irlandesa, tais como: wingeing, roarin’ an’bawlin’, como nos trechos abaixo:
Little Angela wouldn’t let it go at that. She was often cold herself, hungry too, but never complained for fear of being told by her mother and brothers and sister to stop to whingeing (That’ what they called whining and complaining in Ireland).(p.3)
Mas a pequena Ângela não podia deixar que as coisas ficassem assim. Muitas vezes, ela mesma sentia frio, e também fome, mas nunca reclamava, com medo de que sua mãe, os irmãos e a irmã dissessem para ela parar de choradeira (Era assim que diziam na Irlanda, quando a gente reclamava e se queixava.)
She nearly died of fright when the back door of her house creaked and out came her brother Pat going to the lavatory. He stopped and stared at her and the Baby, but she didn’t mind because he was a baby himself and often said foolish things even she wouldn’t say.
“Is that the Baby Jesus you have there?”
“’Tis.”
“He’s supposed to be sleeping in his crib abroad in the church an’you have him here in the freezing cold.”
“I’m warming him up,“ she said.
“His mother will be roarin’an’bawlingwhen she sees him gone”
“She won’t mind. She wants him to be warm, too.” (p.14)

Ela quase morreu de medo quando a porta dos fundos da sua casa rangeu e de repente lá saiu seu irmão, o Pat, que ia para o banheiro. Ele parou, olhou bem para ela e para o Menino Jesus, mas Ângela não ligou, porque o irmão era como um bebê, muitas vezes dizia bobagens que nem ela era capaz de falar.
- Não é o Menino Jesus que você está carregando?
- É, sim.
- Ele devia estar dormindo na manjedoura, lá na igreja, e você o trouxe para cá, nesse frio de arrepiar.
- Estou esquentando o Menino Jesus – disse Ângela.
- A mãe dele vai ficar louca de raiva quando perceber que ele sumiu.
- Ela não vai ligar. Também quer que ele fique quentinho.

Outra evidência de tradução domesticada em prol de uma maior legibilidade por parte de um público leitor mirim são as marcas de diálogos iniciados pelo travessão, ao invés de iniciadas por aspas. São pequenos detalhes que mostram a preocupação do tradutor com seu público alvo. 

É por esses atributos que a leitura de Ângela e o menino Jesus é bem fluida, não causa estranhamentos no leitor, que se concentra na atitude inocente da criança que, conhecedora ela própria do desconforto do frio e sendo uma devota, compadece-se da imagem do Menino Jesus a ponto de roubá-la para aquecê-la em sua casa. De fato, é um belo conto de Natal.

Bibliografia:
MCCOURT, Frank; LONG, Loren (illust.) Angela and the Baby Jesus. New York, Scribner, 2007.26p.
MCCOURT, Frank; LONG, Loren (ilust.); FIGUEIREDO, Rubens (trad.) Ângela e o Menino Jesus. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2008. 26p.


[1] McCOURT, Frank. Angela’s ashes: a memoir. New York, Scribner, 1996. 368p. Publicado no Brasil em 1997 como As cinzas de Angela: memórias, pela editora Objetiva

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Oficina de confecção de brochuras na Biblioteca Monteiro Lobato


Olá caros leitores!
Quero compartilhar com vocês que ministrei uma breve oficina de confecção de brochuras no dia 19 de novembro na Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, no centro de Guarulhos.
Gostei muito de ministrar esta oficina.





Comecei explicando quais são as ferramentas e quais são os materiais de consumo. Depois, lembrei-me de que Machado de Assis fez essa distinção em seu conto Apólogo.


Destaquei que um dos ferramentais mais importantes para alguém que quer aprender seriamente qualquer tipo de ofício é o material de referência. Infelizmente, aqui no Brasil não temos livros de encadernação em língua portuguesa, daí precisarmos pesquisar em livros importados.


Nesta oficina fizemos três brochuras, todas com costura oito: a primeira, bem básica, a segunda, com inserção de envelope e o dós-a-dós.




Esta é a aluna que, gentilmente, cedeu suas fotos.
Foi uma ótima experiência!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Cursos no SENAI Theobaldo de Nigris




Conforme comunicação recebida via email da instituição, pelo que entendi são para vagas em 2014. 

INICIAÇÃO PROFISSIONAL 

Encadernador manual de livros (32h) - R$ 336,00 
Sábados: 
01/02 a 29/03
26/04 a 28/06
19/07 a 06/09
27/09 a 22/11 

das 8h às 12h ou das 13h às 17h | 

Requisitos de acesso: 14 anos completos e 
ensino fundamental concluído. 



QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 

Assistente de conservação preventiva (362h) - R$ 3.215,00 
Requisitos de acesso: 18 anos completos e ensino médio concluído. 

APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL 



E- books - livros eletrônicos para publicação digital (20h) - R$ 450,00 
Sábados: 01/02 a 08/03, 29/03 a 10/05, 24/05 a 28/06, 02/08 a 30/08, 20/09 a 18/10, 01/11 a 06/12 das 13:00 as 17:00 
Requisitos de acesso: ter conhecimento básico em software de editoração eletrônica. 

Ética e história na conservação (92h) - R$ 709,00 
Requisitos de acesso: 18 anos completos e ensino médio concluído. 


ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL 

Assistente de conservação-restauro (245h) - R$ 1.807,00 

Requisitos de acesso: 18 anos completos e ensino médio concluído e ser concluinte do curso de Assistente de Conservação Preventiva 


INSCRIÇÕES 

Para inscrição é necessário apresentar, para simples conferência, cópias ou originais dos seguintes documentos: 

• histórico ou certificado do ensino fundamental 
• RG 
• CPF 
• comprovante de residência 
• comprovante do pré-requisito 

Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. 

Empresas que matricularem três ou mais funcionários tem 15% de desconto ou ainda, que sejam associadas a ABTG, ABIGRAF ou ABER, possuem 20% de 
desconto. 

Informações e inscrições: 2ª a 6ª das 8h às 21h - sábados das 8h às 14h. 

O pagamento dos cursos de FIC pode ser dividido em até três vezes no boleto bancário, sendo a primeira parcela antes do início do curso. 

Inscrições também pelo site: http://grafica.sp.senai.br 

O SENAI reserva-se o direito de não iniciar os cursos se não houver número mínimo de alunos inscritos. 
A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola.

 Versão 41/2013